domingo, 28 de agosto de 2011

PARAGOMINAS

  Em agosto de 2011 acabou de ser aprovado o Código Ambiental Municipal de Paragominas criando um  conselho formado pela administração pública e representantes da sociedade civil. Principal projeto: viver num mundo verde, de onde todos os produtos sairão, no futuro, com selo de certificação ambiental.

  Quase tudo mudou em Paragominas: a vontade de aprender com a floresta, utilizando seus recursos, mas respeitando e preservando. O maior desafio : gerar riqueza sem desmatar, buscar fórmulas criativas para utilizar espaços já abertos e garantir desenvolvimento social e de renda sem derrubar mais uma árvore nativa. 

  Foi fundada na década de 60, com a construção da Belém - Brasília e até 2008 tinha sido destruído 43% da área da floresta. Foram abaixo 8.473 quilômetros quadrados de mata virgem.

  Na época a cidade tinha 240 serrarias e metade da população vivia da extração de madeira. As árvores viravam carvão para as siderúrgicas de Marabá, no Pará e do Maranhão.
  Ainda hoje é esse o destino do que vai abaixo.
 Mas o pacto da sociedade, como um todo, cadastrou e mapeou todas as propriedades rurais para identificar a área a ser preservada e quem é o responsável por ela. O município criou mecanismos de fiscalização e controle. O código recém aprovado proíbe que as carvoarias queimem árvores nativas. A cidade rpocurou soluções.
A madeira a ser usada para qualquer fim tem quer ser de árvores de reflorestamento. A cidade que tem o tamanho de Sergipe ,50 mil hectares estão em áreas de reflorestamentos, plantadas com eucaliptos e paricás. Isso garantirá a sustentabilidade da indústria madeireira. A nova fábrica FLOREPAC fabrica MDF , e é a primeira do Norte e Nordeste, O pó de madeira triturada opera os fornos  da própria fábrica, gerando energia.
  Do reflorestamento do produto final 550 pessoas têm sua renda assegurada. Essa empresa pretende triplicar sua produção e criar mais empregos.
O analfabetismo foi quase reduzido a zero. A Polícia Militar comanda o treinamento e as brincadeiras de 250 crianças e adolescentes. Alunos usam o meio ambiente para aprender. Há um esforço para fazer vingar mudas de jatobás, ipês, copaíbas e outras espécies da floresta. A Prefeitura com o apoio da Embrapa tentam formar um viveiro público de onde sairão mudas para repor o que foi arrancado da floresta.

Em Paragominas o desafio é reduzir o espaço do boi para abrir o espaço à agricultura e impedir novos desmatamentos. Seis fazendas
com o apoio de universidades buscam o pasto para triplicar a produtividade em espaço menor. Hoje, para cada boi é usado um hectare de pasto e se o estudo der certo, em breve as fazendas terão 3 a 4 animais neste mesmo espaço. O projeto, neste município dá certo porque busca soluções de preservação aliadas ao desenvolvimento, sem abrir mão de mecanismos de controle. É todo dia.
  Um grupo do Instituto Floresta Tropical atua numa área de 3 mil hectares de floresta no Pará formado por engenheiros agrônomos, técnicos ambientais, identificadores de árvores, especialistas que já trabalharam no corte ilegal de árvores trabalham no manejo sustentável da Amazônia.

  Cada pedaço da floresta é mapeado e os indivíduos são classificados e numerados. Só podem ser cortados os que têm mais de 50 cm de diâmetro, desde que preservados em seu entorno outros indivíduos da mesma espeécie, de forma a garantir a continuidade do mesmo tipo de árvore no local.
  Fauna e flora são catalogadas. A cada 100 hectares, para cada árvore retirada devem ficar 3 da mesma espédie e porte. Observa-se  a reação da natureza para estudar como fazer o corte para que a vida continue seu curso como se o homem não estivesse ali.
  Esperemos que a lição esteja aprendida e se estenda por este imenso Brasil de Norte a Sul, de Leste a Oeste. As futuras gerações agradecem!

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