terça-feira, 17 de maio de 2011

CÓDIGO FLORESTAL

   O polêmico projeto das áreas de proteção ambiental em 5,2 milhões de propriedades rurais do país continua rendendo. O acordo ainda emperra nos dois pontos que impediram a votação: a desobrigação de recuperação de desmamatamento em áreas de reserva legal e a definição de quais atividades poderão permanecer existindo, em Áreas de Preservação Permanente ( APPs ) como margens de rios, encostas e topos de morros.

  O governo só aceita permitir que  agricultures familiares e os que são membros de cooperativas sejam liberados de recuperar desmatamentos em reserva legal. Não seriam contemplados com esta medida os mais carentes do Norte, Nordeste e no Centro-Oeste.

  Desencontros entre acordos aconteceram durante as negociações. Culturas como: arroz, cana-de-açúcar, café, uva e maçã chegaram a ser anunciadas como autorizadas. O governo não aceitava votar o Código Florestal sem acordo nos pontos-chaves. Ambientalistas eram contra municípios terem prerrogativa de autorizar desmatamentos. O governo deixa claro que está preocupado

com o impacto internacional que a aprovação do código pode gerar.

  Enfim um verdadeiro mercado persa, um salve-se quem puder, uma saia justa daquelas.Vamos acompanhar esta novela para ver como fica e orar para o nosso meio ambiente tão massacrado.


  Ténicos do Ministério do Meio Ambiente dizem que o governo está cedendo demais e que as consequências serão catastróficas porque na prática diminuem as áreas de preservação.

  O governo diz que não haverá novos desmatamentos mas quando aceita a recomposiçaõ de áreas menosres está abrindo mão de florestas que deveriam estar no lugar de plantações. Alertam que a aprovação do jeito que está trará consequências muito ruins para a qualidade ambiental do país. Na prática torna as APPs inócuas e as reservas legais de pouca afetividade. Uma das principais pendências é de pequenos proprietários não serem obrigados a recuperar o desmatamento ilegal na reserva legal de suas fazendas. Abrem-se brechas para que no futuro as dimensões dos módulos fiscais sejam alterados, impactando no tamanho de áreas a serem preservadas. O texto tirou da lista de Áreas de Preservação Permanente algumas categorias as áreas ambientalmente frágeis, como mangezais e as veredas, e diminui áreas protegidas na Amazônia por meio de novos desmatamentos.

  Com esses avanços e recuos o governo só concordará em votar o Código se o texto estiver equilibrado entre a defesa ao meio ambiente e a produção agrícola-

  Resumindo, a novela continua e estão sempre sendo apresentadas situações que ora atrapalham, ora melhoram para um lado ou outro.

  Esperamos que tudo termine bem, quando acaba bem. Entenda-se, nesta discussão não poderá haver perdedores, todos tem que vencer pois é o único caminho para um bom futuro, para o nosso futuro e das novas gerações

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