A sociedade está mostrando um novo retrato através do Censo. Somos mais de 10- milhões de brasileiros com mais acesso a água, a coleta de lixo e ao saneamento. Mais o rítmo deste crescimento é muito lento. O saneamento é o que avançou menos nestes últimos 10 anos. A rede de esgôto só existe em 50% das residências. A década de 90 teve um grande avanço nas metrópoles em fator destes itens básicos, atingindo maior número de residências. Nas últimas décadas esses esforços foram mais intensificados nas cidades médias.
Existe uma desigualdade entre regiões. O nordeste é uma dessas regiões. Até em áreas nobres de Recife falta saneamento. A projeção é uma universalização do saneamento, em 2070. Há uma possibilidade de ser encurtada essa data para 2020 pois existe tecnologia, mas será que boa vontade? Dizem que Portugal e Espanha conseguiram mas aqui se diz que é inviável em cidades com até 2 mil habitantes. E também que o nível de investimento, daqui para a frente, não mudará. Um índice baixo de crescimento no saneamento do Brasil . Deveria ser exigido mais de um país que quer ser desenvolvido.
O acesso a água malhorou mais também muito devagar, na década. O número de residências cresceu muito. A estimativa da universalização da água só se dará em 30 anos. No Nordeste existem muitas residências que nem banheiro possuem representando 6,2 % das casas. O Maranhão é o estado com o maior número de residências sem banheiro.
O IBGE conseguiu medir as ligações irregulares de luz. No Nordeste, de novo, além de gatos, 2,27% delas vivem as escuras contra 1,27% da média nacional. No estado do Rio de Janeiro 1,2% vivem com gatos. A maioria é em áreas de risco e favelas. Os gatos afetam os bolsos dos consumidores e as empresas fornecedoras de energia.
Em cada nordestino com mais de 60 anos um é iletrado. Em 10 anos o analfabetismo caiu 4 pontos percentuais. Existem ainda quase 14 milhões de anafabetos, diz o Censo. O Nordeste é a região com o maior número de analfabetos. O problema está no Norte e Nordeste com população rural mais velha e analfabeta. " "O Brasil tem até hoje uma estrutura de latifúndio que inibe o avanço cultural".
Há uma grande quantidade de brasileiros que vivem com 1 salãrio mínimo. Continuamos com uma grande quantidade de população de baixa renda e uma pequena elite muito rica. É um país sem oportunidades. A melhor situação é no Sul com 47,7% com ganhos de até 1 mínimo. O país precisa mudar a estrutura de renda investindo na educação, dizem especialistas. A extrema pobreza vem diminuindo mais ainda falta muito para ser mudado.
O país fica mais feminino embora os nascimentos sejam mais do sexo masculino mas a violência tira a vida dos homens mais cedo.
A população deixou de ser predominantemente branca e a soma de pretos, pardos, amarelos e indígenas é maior. A população branca foi a única que diminuiu com os casamentos interraciais.
Este é o retrato de um país que é a sétima economia do mundo. Onde a política pública é falha. Onde as promessas se perdem pelo meio do caminho sempre obedecendo a interesses maiores. Triste país. Pobre Brasil!!!
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